Singularidade

Porque Diversidade rima com Representatividade

Porque Diversidade rima com Representatividade

A cada século que se passa o tempo passa mais rápido. As tecnologias impulsionam essa velocidade. As idéias também parecem avançar no flow tipo Velozes e furiosos. É notável como mudamos nosso vocabulário, trazendo nas palavras idéias e conceitos, a cada geração. E não há dúvidas que as tecnologias de mídias e informação são os maiores meios das difusões das idéias.

O movimento Vida Negras Importam, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, vem ocupando as ruas manifestando-se contra o racismo estrutural. Há diversos movimentos reivindicando seu lugar no mundo, pelo direito de existir e sua liberdade plena. O movimento LGBTQI+ luta sobretudo, pela diversidade de gênero. Vários movimentos indígenas, quilombolas, lutam pelo direito de existir, pelo direito à terra. São muitos movimentos que reivindicam o direito de ser cidadão e cidadã com os direitos constitucionais garantidos. E a nossa constituição garante a diversidade étnica, religiosa, cultural e de gênero. Porém, na prática sabemos que nem todos têm seus direitos garantidos.

Palavras como Diversidade e Representatividade ganharam espaços nas redes sociais e mídias. Mas, será que elas estão ganhado espaços também em nossas casas? Nas escolas? Nos trabalhos? Como garantimos a diversidade no nosso dia a dia?

Neste texto, trazemos algumas reflexões e sugestões de como abordar a Diversidade com as crianças. Sabemos que as crianças absorvem tudo que vivem, portanto, se queremos de fato ensinar às nossas crianças sobre diversidade, ela deve acontecer na prática! Como? É aí que vem outra palavra: Representatividade.

Os brinquedos, livros, roupas, filmes, animações, músicas, vídeos, enfim, devemos consumir produtos que representam as diversidades. Mas, não é apenas consumir e sim, de fato, se relacionar como frequentar espaços onde haja diversidade: de gênero; raça; classe; pessoas com necessidades especiais, etc., conviver com pessoas diversas. Abaixo listamos algumas dicas, anota aí e pratica!

1. Consumir conteúdos diversos.

2. Ser respeitador com os funcionários do seu prédio, casa, trabalho, com ou sem a criança por perto.

3. Não desmerecer nenhuma profissão.

4. Conversar sobre o valor de cada serviço prestado em todas as categorias.

5. Evitar comentários sobre aparência, tanto diretamente com a criança, com os outros e consigo.

6. Ensinar auto cuidado sem comparações e valorizar sua beleza natural.

7. Ensinar que cada pessoa é única e todos tem sua beleza.

8. Amor é quando duas pessoas se respeitam, se cuidam, e querem ficar juntas e é lindo (independente do sexo).

9. Deixar implícito nos diálogos e conversas que a criança poderá escolher quem amar quando crescer e terá sempre apoio da família.

10. Antes de Responder questionamentos difíceis tentar entender o que se passa na cabeça da criança. Devolva a pergunta com um: o que você acha? E depois fale sobre o assunto com naturalidade e simplicidade.

11. Com crianças maiores já pode contar fatos históricos, mostrar alguma notícia, ou debater acontecimentos que eles acabam sabendo.

12. Observar como os assuntos estão sendo debatidos na escola e buscar uma deixa para falar sobre, aprofundando, dentro do limite de idade.

13. Não incentivar sexismo: cor de menino e menina, brinquedo, comportamento.

14. Não ser omisso em situações racistas, homofóbicas, gordofóbicas, etc.

15. Não ser capacitista.

Estes são alguns exemplos de atitudes que devemos praticar diariamente, obviamente há muitos outros. O exercício da desconstrução é constante e por isso precisamos estar atentos e fortes para não reproduzirmos preconceitos. É um exercício sobretudo de olhar para si a todo o tempo e se autoeducar.

Maíra Castanheiro
Sou Escritora, Historiadora e tradutora. Aprendiz de jardineira Waldorf. Mãe de Mariaalice, que além de me ter feito mãe, me impulsionou a publicar meu primeiro livro: Para Maria Alice.
Em breve mais livros e mais livre.

www.aldeiadosaber.com

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