Brincando que se aprende

Conheça as fases do desenvolvimento infantil e sua importância

Conheça as fases do desenvolvimento infantil e sua importância

Não tem nada mais gostoso e desafiador do que observar as crianças aprendendo e aprimorando novas habilidades. Sorrir, rolar, caminhar, comer com autonomia: pequenos grandes acontecimentos que nos emocionam e mostram que o desenvolvimento infantil das crianças vai acontecendo diariamente, sem pressa.

Vamos conhecer as diferentes fases do desenvolvimento infantil e descobrir algumas atividades divertidas e simples para estimular essas etapas tão importantes na vida de toda criança?

A importância do desenvolvimento infantil

Você já deve ter ouvido ou lido por aí, mesmo que de passagem, sobre a importância do desenvolvimento infantil. Mas, antes de mais nada, é preciso saber exatamente o que esse desenvolvimento significa, não é mesmo?

O próprio Ministério da Saúde do nosso país traz algumas informações sobre o desenvolvimento infantil. De acordo com o ministério, ele precisa ser entendido como um conceito amplo que diz respeito às contínuas e complexas transformações que abrangem não só o crescimento físico dos pequenos como também a aprendizagem e aspectos sociais e psíquicos.

Ou seja, o desenvolvimento infantil consiste em um processo progressivo e dinâmico em que as crianças desenvolvem novos saberes e adquirem habilidades psicomotoras, cognitivas, sociais e emocionais. E esse desenvolvimento ocorre em diferentes etapas, que também chamamos de fases ou estágios.

Apesar de cada criança ser única e ter seu próprio ritmo na aquisição de competências, as fases do desenvolvimento indicam aquilo que é esperado dentro de uma faixa etária. Por isso, é tão importante conhecer cada uma dessas etapas.

Ao estar ciente de como e quando ocorrem os estágios do desenvolvimento infantil, os pais e educadores conseguem observar cada etapa mais de perto e, assim, apoiar e incentivar os pequenos nas suas conquistas. Além disso, também fica mais fácil identificar se há alguma dificuldade — que, se existir, precisa ser informada ao pediatra!

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Quais são as fases do desenvolvimento infantil?

Diversos teóricos da educação, da psicologia e da pedagogia criaram teorias sobre o desenvolvimento infantil que se tornaram renomadas. Entre eles, podemos destacar Freud, Vygotsky, Wallon e Piaget. Mas é este último que elaborou uma tese consistente sobre as diferentes etapas do desenvolvimento das crianças.

Jean Piaget foi um biólogo e psicólogo sueco que nasceu em 1896. Para ele, o aprendizado infantil tem forte conexão com o ambiente e os estímulos aos quais a criança é exposta desde cedo. Para aprender e se desenvolver o pequeno precisa se adaptar adequadamente ao meio em que vive, e isso seria um papel da cognição.

Para Piaget, essa adaptação ao ambiente é quem fornece os melhores meios para que a criança evolua e aprenda. Esse processo de aprendizagem, diz Piaget, acontece em quatro diferentes fases. Elas são divididas de acordo com a faixa etária dos pequenos. Vamos conhecê-las?

Sensório-motor (0 a 2 anos)

Nessa primeira fase, as crianças descobrem sobre o mundo e sobre si mesmas através dos seus sentidos. A manipulação dos objetos (sobretudo com a boca) permite que os bebês explorem o ambiente e conheçam formatos, gostos e texturas.

É assim que a criança vai tomando consciência do próprio corpo e do que é possível fazer com ele, como esticar os braços para pegar um objeto ou apontar para indicar que quer algo.

Ou seja, é através dos sentidos que o desenvolvimento físico e motor vai sendo estimulado e aquilo que antes era realizado de modo involuntário vai ganhando sentido.

Pré-operatório (2 a 7 anos)

Também chamado de estágio simbólico, essa fase é marcada pelo desenvolvimento da linguagem. Com a evolução da fala, a criança aprende a se comunicar para além do uso de gestos. Não é à toa que para muitos cuidadores e educadores é nessa fase que fica mais fácil interagir com os pequenos e criar conexões poderosas.

Sabe o famoso período das brincadeiras de faz de conta e do uso constante dos “porquês”? Pois é, isso acontece na fase pré-operatória. É neste momento que a criança passa a formar representações mentais daquilo que vê ou experimenta e, assim, vai desenvolvendo o seu pensamento e a sua memória.

Como resultado, temos um exercício constante da criatividade e da imaginação. O mundo, antes tão obscuro, passa a ser aprendido de modo simbólico!

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Operatório concreto (8 a 12 anos)

O que antes era apenas simbólico, passa a ser concreto! O raciocínio lógico se aprimora e o pequeno passa a organizar seus pensamentos de maneira mais coerente, reconhecendo a possibilidade de concatenar ideias através de relações hierárquicas ou sequências.

Com isso, dá para notar que a criança consegue pensar em soluções para os seus problemas com rapidez e de forma muito mais eficaz. Se antes a mãe, o pai ou a professora eram solicitados constantemente na hora de resolver qualquer dificuldade, isso vai começar a mudar.

É também nesse período que os conceitos de certo e errado e as normas morais da nossa sociedade começam a fazer sentido. O senso de individualidade vai diminuindo e a criança aprende a exercitar sua empatia e o seu cuidado com o outro.

Operatório formal (a partir dos 12 anos)

A partir dos 12 anos, segundo Piaget, a criança entra no último estágio do desenvolvimento infantil, o operatório formal. Com a capacidade cognitiva muito semelhante à habilidade de um adulto, o pré-adolescente já é capaz de fazer pensamento crítico e de trabalhar com hipóteses e deduções.

Mais conscientes do seu próprio lugar no mundo e da sua capacidade de reflexão, as crianças dessa idade começam a olhar para a sociedade em que vivem de maneira mais crítica e a questionar normas e pontos de vista.

Pode não ser um período fácil para os pais, mas é preciso lembrar que isso significa que seus filhos estão se tornando independentes e autônomos. E, afinal, não é isso que queremos para os nossos pequenos? Que eles sejam capazes de, com responsabilidade e amor, trilhar seus próprios caminhos?

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Dimensões do desenvolvimento infantil

As fases do desenvolvimento infantil também envolvem diferentes esferas de aprendizado e evolução. Afinal, não importa a idade: seres humanos são animais complexos que se desenvolvem não apenas nos âmbitos motor e cognitivo, mas também nas dimensões afetiva e social. Olha só!

Desenvolvimento afetivo

O desenvolvimento afetivo se relaciona com as emoções e os sentimentos dos pequenos e começa a acontecer desde o nascimento. Tocar o seio materno, receber carinho das pessoas próximas, sentir-se seguro no colo do cuidador: bebês e crianças pequenas já identificam esses gestos de amor.

É através do estabelecimento de relações de cuidado e afeto que a criança desenvolverá sua inteligência emocional e se sentirá alguém que merece amar e ser amada por toda a vida.

Desenvolvimento cognitivo

As habilidades cognitivas são aquelas relacionadas ao intelecto, como a memória, o foco e o raciocínio. É com a ajuda dessas habilidades que interpretamos o mundo no qual estamos inseridos e assimilamos as informações que recebemos da experiência. 

Desenvolvimento físico

Ações como rolar, engatinhar, sentar, andar, pegar objetos e até escrever dependem do desenvolvimento físico. É ele quem permite que as crianças desenvolvam a coordenação motora — tanto grossa quanto fina — e fiquem hábeis em usar o seu corpo como uma forma de experienciar o mundo!

Desenvolvimento social

Aprender a interagir com outros seres e viver em sociedade, é disso que se trata o desenvolvimento social. Quando convivemos, conversamos e brincamos com outras pessoas, somos confrontados com o diferente — opiniões, culturas e tradições. 

Ter uma vida ativa em sociedade ajuda a criança a adquirir novos conhecimentos, a criar um senso de comunidade e a aprender sobre limites. Ninguém vive sozinho, nem as crianças!

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Como estimular o desenvolvimento infantil com atividades divertidas?

O desenvolvimento infantil pode ser estimulado o tempo todo, de diferentes modos. E não é preciso de grandes investimentos, não. Atividades simples e brincadeiras divertidas são ótimas aliadas no incentivo à aquisição de habilidades motoras, sociais, afetivas e cognitivas.

Precisamos lembrar que brincar, para os pequenos, é uma forma de aprender. É através das brincadeiras, do faz de conta e do lúdico que as crianças exploram suas emoções e seus medos e exercitam a imaginação, o raciocínio e a criatividade.

Blocos de empilhar e jogos de encaixe são ótimas alternativas para incentivar a coordenação motora. Brincar com diferentes texturas e diferentes sons, por sua vez, ajuda os pequenos a estimular os sentidos. Contação de histórias e atividades artísticas (como pintar e desenhar) estimulam a criatividade e a imaginação.

E para explorar novos papéis e despertar a autonomia, dá para entrar no delicioso mundo do faz de conta! Brincar de chef de cozinha, de atendente de mercadinho, de construtor: toda criança adora brincadeiras e brinquedos que imitam as tarefas cotidianas.

Nessa hora, vale investir nos tradicionais e lúdicos brinquedos de madeira, como frutinhas, panelas e ferramentas. E para te ajudar nessa tarefa, a Ateliê Materno conta com um catálogo de encher os olhos e o coração. São mini cozinhas, sorveterias, mercadinhos, oficinas e vários acessórios que vão deixar o seu pequeno encantado!

Menina brincando com mini cozinha da Ateliê Materno.
Mini cozinha da Ateliê Materno

Brincar para desenvolver, cuidar para crescer

Com carinho e cuidado ajudamos nossos pequenos a passarem pelas diferentes fases do desenvolvimento infantil de maneira mais tranquila e estimulante. Não é preciso muito mais que um olhar atento, bastante amor e muita diversão para fazer da infância um lugar de aconchego e aprendizado.

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